Quem sou eu

Sou um cara que ama a vida e tudo que ela tem a oferecer. Praticante de esportes de aventura, apaixonado por todo tipo de esporte que trabalhe a mente e o corpo de forma una e eletrizante. Degustem á vontade!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O sedutor. Trecho 2/2.

Com a experiência prática e conhecimento teórico do comportamento humano adquiridos em anos, eu pude montar certos conceitos, programas de ação muito efetivos, ou melhor, infalíveis, a que mais me apetecia por sua eficiência é a receita de bolo da sedução: Pegue sua atitude, sua confiança e desenvoltura, salpique tensão sexual e jogue tudo no seu alvo, para finalizar, cubra com conforto. Tcharam! Depois é só saborear. Eu voltei, escutei-a e elucidei a questão da titica, dizendo que não era algo físico, que era algo simbólico, para minha decepção ela tinha mesmo titica na cabeça e não compreendeu minha metáfora, devia ser mesmo muito burra, felizmente sua bunda e o pacote externo em geral compensava o investimento. Salientei em alfinetadas brandas no decorrer de nosso colóquio, a sua deficiência intelectual . O objetivo era fazê-la, instintivamente, se valorizar para mim, buscar minha aprovação. Para força-la a focar mais nesse objetivo, dirigi toda minha atenção às outras duas garotas. Ambas eram morenas, o meu alvo contrastava em seu loiro exuberante. Com uma leve alfinetada dirigida à loira eu as conquistei:
- Ei! Vocês duas que tão aí caladinhas, com certeza estão recebendo algo para andar com ela, eu só andaria com alguém que tem titica na cabeça se eu estivesse recebendo por isso.
Elas riram como era de se esperar, gostaram da piada que desvalorizava a amiga. Com uma leitura fria feita bem superficialmente eu pude apurar informações mais que suficientes para atrair a simpatia delas e despertar a competição que estava latente naquele trio. O padrão era simples, eu me encontrava com um trio de adversárias sociais, amicíssimas e adversárias. As duas morenas invejavam a beleza e o excesso de cantadas que a loira recebia com mais frequência que elas. Elas estavam gostando da rotina estar sendo alterada, delas serem o centro das atenções e da loira está sendo rebaixada à antiga posição social delas. Mas ainda à espelhavam, a seguiam inconscientemente, quando a loira mexia nos cabelos, as outras duas repetiam movimento, por instinto, quando a loira movimentava um dos pés, elas naturalmente repetiam esse movimento, um movimento do braço, uma careta, cheguei a imaginar que a frequência de piscadelas deviam ser as mesmas. Sinais claros de muita confiança e ligação entre elas. Apesar da competição interna. À essa altura do meu jogo, as três brigavam pela minha atenção.
- Nossa! Você não existe, me diz seu nome, por favor?!
Até o momento eu não havia dito o meu nome, disse qual era, não precisei perguntar o delas, me falaram todas ao mesmo tempo, Ainda hoje quando me recordo desse episódio não consigo relacionar os nomes às pessoas. Para aumentar a confiança delas em mim, comecei também a espelha-las, repetia discretamente movimentos simples e naturais delas, especialmente do meu alvo. Batendo no chão, com um dos pés, eu acompanhava a frequência das batidas dos dedos que a loira dava em sua coxa. Direcionei a conversa para assuntos que me interessavam, que poderiam me ajudar. Falamos de objetivos futuros, de relações antigas, de festas inesquecíveis, de aventuras sexuais e até supostos fetiches e fantasias que nós poderíamos ter. Em momentos oportunos, enquanto uma ou outra contava uma estória da vida delas, dentro desses temas que eu falei, eu as tocava em pontos estratégicos. Em determinado ponto tocado eu poderia tocar novamente posteriormente e despertar pensamentos e sensações diversas. Como fazê-las pensar no futuro e eu estar ali nesse futuro com elas, ou despertar parte da euforia que elas sentiram no magnífico Carnaval baiano e sentirem a necessidade de compartilhar essa emoção comigo, ou até sensações e pensamentos sexuais perversos. O meu jogo estava no fim, eu poderia isolar e ficar com qualquer uma das três, tamanha a confiança e atração que estavam sentindo por mim. Mas não faria isso, talvez assustasse o Rui, faria o que foi combinado, elas pediriam meu contato. De forma inesperada eu me despedi, alegando que me atrasaria para um compromisso, elas ficaram desapontadas, não queriam que eu fosse embora.
- Lúcio! Peraí moh – Eu não cheguei a me afastar muito, era a loira quem me chamava, correu em minha direção e tirou um aparelho celular do bolso. - Me dá seu número, é que eu vou embora amanhã.
Fiquei extasiado intimamente, obtive sucesso total, e ainda recebi um convite para comê-la implícito no : “ É que eu vou embora amanhã”. Dei o meu número, um beijo no rosto e comecei a caminhar novamente para ir embora, dessa vez de verdade.
- Lúcio, calma aí, deixa eu tirar uma foto com você? Pra por no orkut!
Ela enlaçou meu pescoço, encostou seu rosto no meu, com o celular acima de nossas faces ela capturou nossa imagem, ainda comentei que cobraria uma taxa pela divulgação da minha foto. Comecei a me desvencilhar, imaginei que ela fosse tirar outra foto quando não abaixou o braço, para acompanhar meu movimento de separação, apertou com mais força, com as costas das mãos que segurava o celular, ela virou meu rosto e me beijou na boca, surpreso, não nego, eu correspondi. O beijo foi longo, quente, se não estivessemos em praça pública ela tentaria me violentar. O Rui deveria está arrancando os cabelos nesse momento. Após terminamos ela ainda comentou:
- Eu vou te ligar, sem falta! – Não respondi, meu pensamento estava longe, fui me encontrar com o Rui.

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