Quem sou eu

Sou um cara que ama a vida e tudo que ela tem a oferecer. Praticante de esportes de aventura, apaixonado por todo tipo de esporte que trabalhe a mente e o corpo de forma una e eletrizante. Degustem á vontade!

domingo, 30 de maio de 2010

Ela fez com violência, ué!

-Vamos embora "véi"- Fagner impacientemente apressava seu amigo, que estava de frente ao espelho ajeitantado os cabelos. - Parece mulher pra se arrumar, nunca vi viu!
- Larga de indaga, ué! Tou terminando já - Elias não parecia estar com a mesma pressa que Fagner, por que ele penteava os cabelos, desarrumava em seguida para pentear novamente, mexia aqui e acolá, procurando dar aos cabelos arrepiados de gel a forma que lhe convinha, há vinte minutos que ele se dedicava à essa tarefa.
- Já tamo atrasado " véi"- Insistiu Fagner sem disfarçar a irritação. - As meninas já devem ta lá esperando a gente, a Paulinha vai ta lá seu broco!
- Quem liga! Deixem elas esperarem - Elias respondeu com indiferença ao alerta do amigo. - E se elas acharem ruim a gente arruma outras.
Fagner e Elias, Carne e unha, Água e óleo. São a representação humana mais perfeita que há do Yin-Yang. São inseparáveis, raros foram os dias que não se viram desde que se conheceram anos atrás. Fagner Tem 19 anos, é alto, magro, pele morena, cabelos longos, semblante agradável, muito calmo, um rapaz responsável e frequentador assíduo de uma igreja evangélica. Elias tem 20 anos, pouco mais baixo que Fagner, magro, pele clara, rosto bem desenhado e com um imutável ar de safadeza, agitado, irresponsável, frequentador assíduo de bares e cabarés. Fagner tenta fazer Elias andar linha, seguindo os preceitos de Cristo, Elias tenta Fazer Fagner curtir as coisas boas da vida, deixar de ser careta. O pensador mais privilegiado da natureza não conseguiria entender o porquê que seres tão distintos são tão amigos.
-Eu não quero outra, quero minha namorada! - A indignação dominava o peito de Fagner.
-Nossa! Você nem Beijou essa menina ainda, isso em dois meses de namoro. Sem contar o tempo que passaram rezando para saber se iam namorar ou não, logo, segundo a premissa de que uma relação só está de pé mesmo após umas duas ou três fodas, talvez quatro, você não estaria cometendo adultério e com isso não estaria pecando.
- Quem foi que criou tremenda merda de premissa? Você? Não vamos começar com isso, de jeito nenhum, sei que isso vai longe. Termina logo esse cabelo aí.
- Onde já se viu, casar virgem. Aposto minha coleção da PlayBoy que na primeira gozada sua mulher engrávida de quintúplos!
- Não fala mais besteira, meu ouvido não é penico.
- Puta merda! Você é meu amigo, não posso me calar diante de tamanha tortura. Eu sou um livro aberto Fá, quero que seja comigo do mesmo jeito, me fale, por favor, não me esconda isso, você nunca, mas nunca mesmo descabelou o palhaço? Uma vez só que seja?
- Não, não, não, não, não! Escuto mais nada. Tchau, Fui!
Elias se deleitava com a difícil tarefa de fazer Fagner sair do sério, rindo para o espelho ele continua sua produção estética. Não se abala com a saída do amigo, pois sabe que ele estará esperando por ele na porta do lado de fora. Com uma cara que popularmente é conhecida como " cara de bunda", Fagner murmura:
- Vamos.
Elias nada Responde, rir-se por dentro para poupar o amigo de mais palhaçadas suas. A festa a que vão, é a comemoração do aniversário da cidade, realizada em um espaço aberto no centro histórico. cantores locais irão se apresentar no palco, após o término das apresentações das bandas locais uma banda de renome nacional findará a festa. O local já está apinhado de pessoas, o que deixa Fagner irado, pois não será fácil encontrar sua namorada, e a infeliz amiga que fica vez ou outra com Elias no meio de tanta gente.
- Olha aí a merda que você fez, não vamos achar elas aqui no meio disso tudo nunca!
- Calma aí amigo - Com bastante calma Elias olha ao redor e prossegue. - Sua mina ta com a Paulinha não é?
- É sim.
- Então relaxe e observe, você terá o privilégio de conhecer mais um dos meus inúmeros talentos.
- Nossa! já vem mais merda aí.
- Acredite em mim Fá, posso sentir o cheiro de uma cachorra humana no cio a quilômetros de distância - Ao mesmo tempo que revelava a admirável habilidade Elias a põe em prática, começa a farejar o ar como um verdadeiro cão á procura de uma fêmea que esteja predisposta à ajudá-lo na perpetuação de sua espécie. - Estou sentindo no ar algo que me deixa muito confuso Fá, Tem várias cachorras no cio por aqui, vai ser difícil viu.
- Ou " véi", para, na boa, não aguento mais isso.
- Espera aí, prometo que não vou decepcioná-lo, estou sentindo algo diferente, esse cheiro de cachorra eu já senti! - Elias da seguimento á sua árdua busca pela cachorra no cio, segura no braço de Fagner e o puxa para uma direção qualquer. - Me segue, anda, me segue.
Elias vai levando Fagner por entre as pessoas, ainda farejando entra em um beco que os levava para outro beco que cortava transversalmente o beco que entraram inicialmente, chegam a uma praça, entram em uma movimentada rua que os leva de volta ao local de onde haviam saído minutos antes. Elias para abruptamente, faz um sinal com um dos braços e brada:
- Ali! ali está a cachorra.
A poucos metros deles estavam duas garotas que os observavam ansiosas. as duas eram bem parecidas, poderiam até ser irmãs. Tinham a pele clara, rostos e corpos bonitos, muito pouco as diferenciavam, uns traços quaisquer no rosto e os cabelos de uma delas que eram longos demais, que passava alguns centímentos da bunda. Elias é acometido de um ar sério que em ponto algum se adaptava bem a ele, avança na direção das duas garotas, Fagner o segue vindo logo atrás. O invejável farejador de cachorras começa novamente a farejar, agora com nariz bem próximo de uma das garotas, justamente a de cabelos longos.
- Ei! - Gritou Fagner. - O que você ta fazendo, ficou doido?
- Calma, tava só verificando se não cometi algum erro de cálculo - Explicou sarcasticamente Elias.
Após os cumprimentos formais, ois, boas noite, beijinhos no rosto paira um silêncio anormal entre os quatro, Claro, Elias é o primeiro a cortar o silêncio:
-Ei Paulinha, Vamos deixar os dois sozinhos, talvez sozinhos eles tenham coragem de experimentar que gosto a língua que cada um deles tem!
- É verdade, é verdade, vamos - Paulinha corroborou a idéia de Elias dando uma cutuvelada leve nas costelas da namorada do Fagner. - Laine, fica por aqui, se não a gente se perde de vocês.
- Ei Elias...
- Não, não fala nada Fá - Elias cortou-o tapando-lhe a boca e lhe segredando algo em seu ouvido. - Olha irmão, aproveita, mete a língua, se você não sabe beijar de língua me fala logo que a gente vai ali e eu te ensino, não vai ficar com raiva, é que vindo de você eu não dúvido de nada.
- Argh! ta doido, vai logo embora " véi".
Sem falarem mais palavras Paulinha e Elias saem, caminham por entre os prédios do centro histórico, procuravam por um lugar aonde pudessem ficar mais à vontade. tarefa complicada essa em dia de festa. Mas não para Elias que conhecia cada ruela daquela cidade.
- Aonde eu for você vai?
- Vou.
- Vamos descer pro rio, lá é bom.
- Pro rio? por que pro rio?
- Você não disse que ia aonde eu fosse? então vem sem reclamar, ué!
- Eu disse, só quero saber por que lá.
- Por que lá é bom, ninguém vai lá uma hora dessas, e é aqui pertinho da festa, qualquer coisa a gente volta.
- Ta bom, você trouxe camisinha?
- Não me faça perguntas idiotas!
- Você ta muito grosseiro, não era assim quando me conheceu.
- Desculpa, só que não gosto de ouvir perguntas idiotas. Eu trouxe sim, essa é boa, tem gel retardante nela.
- Eu não conheço essas coisas.
- Não precisa da uma de santa pra cima de mim Paulinha.
Seguiram nessa animada conversa enquanto Elias guiava o caminho. Adentraram um pequeno bairro ribeirinho, com algumas poucas casas á beira do rio, para a decepção de Elias lá estava cheio de homens e algumas mulheres fumando maconha. Voltaram pelo mesmo caminho, logo depois do bairro ribeirinho se formava uma pequena formação florestal, um mini-bosque. Elias segurou mais forte na mão da Paulinha e foram mato adentro.
- Eu não acredito que eu me rebaixo a tanto por um pra nada como você.
- Se quiser ir embora você já sabe o caminho.
- Desculpa, te ofendi amor?
- Você fala demais.
Elias a enlaçou pela cintura e lhe deu um voluptuoso beijo, Paulinha não vacilou em corresponder. O beijo era quente, a pegada era quente, mãos subiam, desciam, pescoços eram marcados por prazerosos chupões. Elias percorria cada trilha daquele corpo, lhe tirou a camisa para sentir-lhe o calor, o Sutien atrapalhava, retirou-o também, com muito prazer começou a beijar-lhes os seios, o que fazia Paulinha suspirar em inefável prazer. Paulinha não se fez de rogada e lhe tirou a camisa também, queria retribuir em dodro cada unidade de prazer que sentia. Ele achou os botões e zíper da calça dela, desabotoou, desceu o zíper, ela ajudou a descer o jeans até os joelhos. As mãos dela encontram seu membro rijo encarcerado na cueca, a pedir por mais carícias, ela se ajoelha, desabotoa a calça, desce o zíper do jeans deles, e com muito gosto abocanha-lhe.
- Nossa! por isso que eu te amo paulinha - Elias falou enquanto seu corpo vez ou outra se contraia pelo prazer que sentia.
- Cala essa boca - Paulinha pediu tirando temporariamente o Pênis da boca, e sugando em seguida após dizer o que precisava.
- Vai, vai, assim amor!
- Já disse pra calar a boca, senão eu paro e não faço mais nada.
- Ta bom, parei, vai continua, tou quase lá.
Paulinha prossegue na prática do sexo oral que parecia lhe dar igual prazer ao que Elias sentia. Os espamos foram ficando mais fortes, Elias segurava a cabeça de paulinha enquanto ajudava-a a executar o movimento cíclico de vai-e-vem. No ápice do prazer ele descarrega todo o seu conteúdo que gera a vida na garganta de Paulinha, que parece não se importar e prossegue a sugar-lhe.
- Ai! Senti um fisgadinha - ele exclama enquanto rir sem saber de que.
Paulinha engasga e começa a cuspir com força para todo o lado, não foi por ele ter gozado em sua boca, ela teria feito isso alguns segundos antes.
- É sangue, isso é sangue! - Gritou paulinha limpando a boca e mostrando a mão suja na direção da luz da lua.
- Meu Deus! sangue! o que você fez sua puta?! - Elias entrou em um tal estado de desespero que deixaria qualquer um chocado.
- Eu não fiz nada, por favor eu não fiz nada! - Choramingou Paulinha igualmente desesperada.
Elias corre por dentro da mata à procura da rua, na luz do poste ele pode ver sua cueca ensopada de sangue, horrorizado ele grita por socorro e corre em direção á festa segurando as calças. Paulinha está em seu encalço, parando a uma certa distância do movimento da festa ele se da conta de sua ridícula situação, entrar ali acabaria com a sua reputação, teria que ir embora da cidade, do estado, do país, talvez tivesse que ir pra Marte.
- Corre paulinha, chama o Fá, corre!
Paulinha não hesita, corre à toda e encontra Fagner e Laine exatamente aonde os deixaram, provavelmente trocaram alguns beijinhos nos rosto. Permuta menos nociva que á que Elias e Paulinha fizeram. Ela não explica o que houve de fato, só diz que houve um acidente e que Elias quer ve-lo agora. Fagner encontra Elias que chorando explica o que houve em poucas palavras:
- Fá, reza por mim, aquela puta me mutilou para sempre.
- O que ela fez?
- Olha minha cueca - mostrou abaixando as calças.
- Laine, Paulinha, procurem por um Táxi agora! Eu vou ficar com ele aqui até o Táxi chegar - Fagner ordenou com firmeza enquanto abraçava seu amigo que chorava profusamente. - Calma amigo, calma, vamos pro hospital já, já.
O Táxi não demorou a chegar, as duas meninas já estavam acomodadas, visivelmente assustadas e constrangidas. O carro arrancou, diante de tal emergência a policia entenderia o excesso de velocidade. Elias choramingava, Fagner estava calado, as duas meninas cochichavam entre si, o taxista não se aguentava de rir ao saber da natureza da emergência.
O Hospital regional estava lotado, no corredor da emergência muitas pessoas estavam sentadas em macas, no bancos, tomando soro ou só dormindo. O dia era de festa na cidade, tamanho movimento era natural. O Táxi parou diante da porta de entrada da emergência, duas enfermeiras vieram correndo e perguntaram qual era a emergência. Elias, com cara muito triste aponta para baixo.
- É aqui.
- Aqui aonde?
Elias deixa as calças cairem, as enfermeiras vêm a cueca ensopada de sangue, chama-o para acompanha-las. Levam-o à uma sala de sutura. As pessoas no corredor o olham curiosas por saber que emergência seria a dele. Na sala de sutura as duas enfermeiras pedem para ele sentar-se, que o médico já viria. O que se passou em seguida foi com certeza a experiência mais traumática que uma pessoa poderia passar. O médico analisa a situação, chama duas enfermeiras e pedem para elas abaixarem a cueca dele, Uma seringa de anestesia é preenchida com um olhar penalizado do Médico para o ferido, como quem diz: " Isso vai doer meu filho, vai doer muito". A agulha é enfiada exatamente na parte superior da glande, a dor que ele sentia vinha alternada, ela crescia após passar por cada camada do musculo esponjoso. os gritos de dor de Elias se misturaram às gargalhadas que ecoaram pelo corredor de Emergência, em pouco tempo o incidente particular de Elias era do conhecimento de todos funcionários e pacientes do grande Hospital regional. Foi uma suturação muito complicada, o paciente não ajudava, se contraia com frequência ao ver o médico levantando à agulha curva aonde estava a linha de sutura. Terminado todo o processo, as enfermeiras limparam os restante de sangue que sobrou sobre a virilha, que não era preciso ser limpo para a sutura, nesse momento devaneios perversos pairaram sobre a mente de Elias, ele se imaginou comendo aquelas duas enfermeiras que com tanto apreço cuidavam de seu Pênis. A saída foi mais penosa que a entrada, todos o olhavam e riam, riam muito e com gosto.
" O que eu posso fazer se ela fez com violência, ué!" Pensou consigo mesmo ao sair sem olhar para ninguém, o que ele mais queria era ir pra bem longe dali.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nostalgia

" Aquela cidade, a minha cidade, tinha um algo a mais. Não vou saber lhe dizer o que é, mas sei que tem. Os grandes centros comerciais, industrais, as grandes capitais, regiões metropolitanas, nada disso me atraia. Elas não tinham aquele algo a mais que só a minha cidade tem. Talvez seja o rio que corta a cidade ao meio, você precisa ver, ele corta a cidade ao meio, serpentea por entre os vales, viaja por um bom pedaço de semi-árido, e desagua no Velho Chico, rio aventureiro esse, o da minha cidade. Pode ser também a tranquilidade que só as cidades interioranas possuem, mas a tranquilidade da minha cidade é muito mais agradável, num é aquela tranquilidade que se resume em monotonia, lá não, lá tem energia e ao mesmo tempo é tranquila. Acho que também podem ser as praças, sabe, você quer ver alguma cara conhecida, vá às praças, a impressão que dava é que eu conhecia, pelo menos de vista, toda a população da minha cidade. Não, não, achei enfim o algo a mais. São as mulheres, ô as mulheres. Lugar estranho minha cidade, já viajei por tudo que é canto meu amigo, e nunca vi lugar para ter as mulheres mais lindas que as da minha cidade. Claro, lá também tem mulheres feias, mas a poucas que tinham eu tenho que admitir, eram metralhadas como canta um pagode aí. São de bater recordes de bilheteria se atuassem em algum filme de terror, sem querer ofende-las, pois toda mulher tem seu valor, por mais feia que seja. Eu preciso te falar das mulheres, uma em especial que conheci lá, mas antes vamos falar das mulheres em geral."
" Senhor, ta bom assim?"
" Ta, ta sim. por favor, não me interrompa enquanto eu falo."
" Ta bom senhor."
" Primeiro amor, primeiro beijo, primeira foda, primeiro chifre tomado e dado também, enfim, primeiro tudo. Escuta a experiência te falando meu rapaz, aprendemos muitas coisas interessantes com as mulheres, a começar pelos nossos " primeiro tudo". Eu assimilo bem o aprendizado de qualquer coisa que eu me proponha a aprender, por isso me ferrei tanto. Nesse círculo de relação: HOMEM x MULHER, não saber de nada vem a ser uma grande virtude. "
" E aquela em especial que o senhor falou?"
" Você é foda viu moleque, eu vou chegar lá, não me interrompa de novo."
" Foi mal."
"Foi péssimo. Mas bora lá, me lembro que já a conhecia, de vista, não se esqueça das praças aonde vemos todo mundo da cidade. Vez ou outra a via zanzando por lá com algumas amigas. Essa opnião é unânime entre todos o brasileiros, a primeira coisa que olhamos em uma mulher é bunda, ela serve de refêrencia para sabermos se vale apena ou não uma abordagem. Esse ponto, o da abordagem, é discutível, mas não vou falar disso. Vamos chama-la de minha garota, para facilitar a nossa comunicação."
" Senhor, eu..."
" Nossa senhora! Parece que não sabe ouvir, já disse, não me interrompa."
" Ta bom."
" Voltando, quase perco o fio da meada. A minha garota tinha passado em tudo, em todos os quesitos que o meu padrão de avaliação exigia, tudo que fosse físico, visível, paupável. Bela, grande, arredondada e levemente empinada, essa era sua bunda, não preciso falar que maravilha era aquela de se ver. Belas pernas, coxas grossas, bem torneadas e chamativas, dava vontade de chegar até lá e morde-la. Possuia uma comissão de frente invejável, digna de levar o carnaval carioca. a pele era clara, ela ficava meio avermelhada quando exposta ao sol. Os lábios eram carnudos, lindos. Fiquei imaginando ela me chupando, devia ser muito gostoso."
" Tou ficando de pau duro senhor..."
" Porra! não interrompa. E respeita minha garota caralho!"
" Desculpa."
" Porra de desculpa. Continuando, ela era perfeita fisicamente,agora eu precisava conhece-la, saber como era a mente dela. Você não sabe moleque, mas essas putas gostosas que tem por aí só sabem foder e mais nada, não adianta conversar com elas, você só vai ouvir merda. Ou amigo, desce mais uma aqui."
" Bem gelada."
" Porra, eu já não disse para não me interromper? E você é menor, não pode beber."
"Desculpa, mas eu..."
" Mas eu nada, cala a boca, me escuta!"
" ta bom."
" Bem, a minha garota apareceu um dia no colégio aonde eu estudava. Eu a vi de longe no pátio, conversava com um comédia amigo dela, mas que era amigo meu também. Sabe, aquela escola era a minha área, eu era muito popular, inconscientemente eu sentia que isso pesaria como saldo positivo para eu. Me senti confiante, estimulado, aquele dia eu iria conhece-la. Devo enfatizar que as lembranças de seus atributos físicos e meus devaneios acerca de uma foda bem dada com ela, me estimularam muito mais. Nunca fui um cara que acreditou no amor real, após aquele dia meus conceitos foram revistos. Veja você, eu a abordei, a conheci, e pude constatar, ela era mesmo perfeita. Seu corpo me enchia de tesão, sua mente era uma coisa boa de se penetrar, não tanto quanto a ela, óbvio. Passamos horas conversando e nem notamos o tempo passar. Eu pensava que ela era uma tarada selvagem, o que a tornava mais perfeita ainda. Ela era um brilhante em meio as pedras brutas, isso era fato. Eu a conheci mais do que o necessário aquele dia, conversarmos demais, nunca conversei tanto com uma mulher que eu ia comer. Conversamos tanto que anoiteceu e só fomos nos dar conta disso quando começou a chover. Puta merda! Esqueci de dar bote nela, fiquei nessa de conversa vai, conversa vem, perdi o meu foco. Fomos embora, mas fui com ela até um certo ponto. Eu podia ter dado o bote nela enquanto a acompanhava, mas havia perdido a coragem depois de tanta conversa, nos despedimos..."
" Ta terminando? É que eu já terminei aqui."
" Puta que pariu! Tu foi feito nas coxas foi moleque? Não me interrompa caralho!"
" Hi, já vi que não ta terminando, desculpa de novo."
" Prosseguindo. Foi o momento mais romântico de minha vida até hoje, e olha que eu não sou dessas coisas, poderia virar um livro nossa história. Nós nos despedimos, ela já havia virado as costas para seguir o caminho dela, aquilo doeu. Eu teria me matado se não tivesse feito nada, pensei que seria um merda, frouxo e babaca e muitas outras coisas ruins. As auto-ofensas me animaram, você não vai acreditar, mas o que aconteceu em seguida foi coisa de cinema. Eu tomei coragem e a chamei, ela se virou, parecia ansiosa, talvez esperasse por aquela atitude a tempos. Caia uma chuva rala, me aproximei, peguei nas mãos delas, me aproximei, ia dar o bote naquela hora. Mas não é que a sem-vergonha virou o rosto na hora que tentei beijá-la? Pois é, nunca senti minhas pernas tremerem tanto, se ela percebesse isso é que não ia me beijar mesmo. Qual mulher que quer beijar um frouxo que fica com as pernas tremendo na hora de um beijo? Mas eu me segurei, não desisti, o valor do prêmio é proporcional ao valor do risco. Insisti mais uma vez e foi só alegria. Faz muitos anos isso, já comi tantas mulheres que perdi as contas, tantas que nem lembro mais o nome de pelo menos metade delas. E mesmo assim, em todos esse anos eu nunca senti emoção nenhuma que se comparasse ao que senti nequele beijo, com exceção de alguns orgasmos que o superaram, mas foi sexo, não foi beijo, então passa. Daria o que tenho pra viver tudo de novo."
Uns momentos de silêncio.
" E então? terminou?"
" Terminei, toma!"
O engraxate pega 50 centavos, põe a caixa de engraxar nas costas e sai apressado.
" Ou amigo, desce um traçado aí daqueles."
" Pra já chefia!"

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um assalto qualquer

A agência dos correios estava um tumulto só, às vésperas do encerramento para as inscrições do vestibular, Dezenas e dezenas de jovens ansiosos abarrotavam o salão dos Correios e provavelmente o mesmo ocorria pelo brasil afora. A perspectiva para aqueles estudantes, de não conseguirem realizar a sua inscrição, deveria equivaler à mesma sensação de perder um dos braços. Para Thaís parecia ser ainda pior, seria a mesma de morrer, ficar parada no tempo e ressuscitar, acordar, no outro ano durante um novo período de inscrição.
-Fora de que? fora do ar a porra! - berrava um jovem exaltado em um dos terminais. - se eu não me inscrever hoje meto um processo nessa merda de correio!
-Calma, calma. - pedia aflita a atendente do terminal. - O sistema está fora do ar temporariamente por causa do excesso de pessoas se inscrevendo. é um congestionamento. Logo volta ao normal.
- É bom que volte mesmo! - resmungou o jovem.
O desespero se generalizou no ambiente, os estudantes ficaram mais ansiosos ainda, conversavam entre si, reclamavam da má qualidade do atendimento, do calor, do mau cheiro dos que não tomaram banho, ou dos que não usaram desodorante. Reclamar era bom, fazia o tempo passar e aliviava a tensão. Hipocrisia rolando solta, natural em qualquer ambiente.
-Ô MEU DEUS! - Exclamou com muita energia a Julia, amiga de Thaís.
-Faço minhas as suas palavras amiga. Ô MEU DEUS! - Emendou thaís dando mais ênfase que Julia ao dizer ô meu deus. - Se não fizermos hoje essa inscrição estamos ferradas, ferradas!
-Hã? Que? - O tom que Julia usou mesclava distração com irônia. - Tou nem aí pra essa merda de vestibular, vou fazer por que sou obrigada pelo meu pai, essa é uma ótima desculpa pra não fazer. De qualquer forma vou ficar sem minha viagem á Portugal, por que deixei pra fazer essa inscrição no último dia, ele não deixa passar nada, ta sempre procurando um jeito de me torturar.
-Aff... Não perco meu tempo lhe falando mais nada. - desabafou Thaís. - Sempre vai ser uma cabeça de vento.
- Que seja, tou nem aí, não ligo! - Respondeu Julia despreocupada. - Falei ô meu deus por causa daquele gato ali ó.
Julia apontava para um rapaz que acabara de entrar no salão da agência. Ele olhava da porta em todas as direções para dentro do salão, parecia estar procurando por alguém. Era um rapaz de altura mediana, talvez tivesse 1,80m. Possuia uma magreza atlética, trajava uma camisa regata branca que deixava à mostra uma tatuagem tribal na parte superior do braço direito, Jeans e uma mochila nas costas. Uma corrente de prata se destacava em seu pescoço juntamente com um piercing na sombracelha esquerda e um brinco discreto na orelha direita. Era realmente muito atraente, observou Thaís, mas para não da ibope para Julia expressou o contrário:
- Nem é essas coisas toda!
- Nao é o que? não brinca Tatá. - Falou figindo uma expressão de abismada. - Pra ele eu dava casa, comida, roupa lavada e muito amor, é claro!
- Aff... Você não é capaz de pensar em nada construtivo, mente suja! - Respondeu indignada Thaís. - Eu doida de preocupação com o vestibular, com meu futuro, e você, e você... Argh! deixa pra lá, aposto que ele tem bafo!
- Aposto que vai perder a aposta, quer ver? - Julia desafiava Thaís.
- Ver? ver o que? você não vai...- Thaís não terminou, foi cortada por Julia.
-Cala a boca, ele ta vindo pra cá. - Disse Julie soltando uma risada maliciosa. - Vamus saber agora se ele tem bafo ou não.
O rapaz saiu da porta e caminhava decidido na direção das meninas, desviando-se vez ou outra de alguém que entrava no caminho. Ele ia passar direto, mas Julia Fingiu da um passo distraído para trás e esbarrou nele.
- Ô... me desculpa, eu não te vi. - Julia forjou um pedido de desculpas bem cara de pau.
- Não tem problema, Com licença.- A voz dele soou metálica, meio rouca, Talvez não fosse do tipo que conversasse muito.
Seguiu seu caminho lançando um olhar direto nos olhos de Thaís. Um olhar forte, penetrante, ela tentou sustentar a visão, mas desviou o olhar. Talvez intimidada pela expressão forte que ele tinha, ou impressionada pela clara demonstração de interesse, ou talvez ele tivesse visto uma casquinha de meleca do nariz dela se apresentando ao mundo e quisesse mostrar discretamente isso. Institivamente ela levou a mão ao nariz para verificar. Para Julia Foi um prato cheio a encarada do rapaz.
- Nossa! Ele te comeu com os olhos. Ele era meu, você num perde tempo pra furar meu olho. Se faz de santinha mas é uma tremenda duma safada, né?! - Brincou Julia segurando a barriga de tanto rir.
Não houve tempo de Thaís digerir a piada da amiga. Três estouros secos se fizeram ouvir. Boquiaberta e assustada Thaís via de onde vinham os tiros. De uma pistola que estava nas mãos daquele rapaz. Ele tinha um dos pé nas costas de um guarda, que estava desfalecido no chão. Com um olhar que não transparecia nenhuma emoção, só decisão.
- Essa porra é um assalto! Quem reagir vai pro inferno junto com esse comédia aqui! - ele bradou efetuando mais três disparos para garantir a execução.
O pânico se formou e os que estavam próximos à saída tentaram correr, em vão. Dois homens armados atiraram para o teto para intimidar. Um quarto homem empunhou a arma que estava na cintura e caminhou na direção do rapaz que havia matado o guarda, lhe segredou algo, trocaram algumas poucas palavras e então se encaminhou aos caixas, sempre apontando a arma em todas as direções. Ainda com um dos pés nas costas do guarda morto, o rapaz grita:
- É o seguinte, quero todos sentados e encolhidos aí no chão e com as mãos erguidas. Aquele que atravessar, me desobedecer e abaixar pelo menos um dedo, nem que seja pra coçar o nariz, eu estouro a cabeça do infeliz ou da infeliz. - Todos obedecem sem hesitar, em segundos dezenas de pessoas estão sentadas e encolhidas e com as mãos erguidas. Se dirigindo á um homem que provavelmente seria o gerente o jovem prossegue. - E você seu comédia, tenho só dois minutos, então, agiliza meu lado aí, cata todos os malotes e o dinheiro dos caixas, se passar um segundo desse tempo vou fazer uma chacina, começando por você. Agora são só 90s.
Muito mais rápido do que era preciso, o gerente entrou em uma sala e voltou carregado de malotes, os atendentes dos terminais haviam posto o dinheiro dos caixas em outros malotes. O assaltantes saem à toda ao comando do rapaz que matara o guarda. Thaís estava sentada, em estado de choque, horrizada ela lhe lança olhar de esguelha. O rapaz ao chegar à porta percebe o olhar e para. O coração de Thaís ficou descompassado, achou que iria morrer naquele momento por ter olhado para ele. O jovem a olhou, olhou ao redor, com um sorriso no rosto ele lhe lança uma piscadela e um beijo, vira as costas e sai.
"Pelo menos não tinha bafo." pensou julia.



Continua...

domingo, 9 de maio de 2010

Resumindo minha história literária! O começo de tudo.

Olá pessoal. Sou um cara que escreve esporadicamente nos tempos livres, que são raros. Desde muito jovem, 8 ou 10 anos , já possuía essa paixão por livros, por boas histórias. Inicialmente a história tinha que me agradar em seu enredo, com o tempo, fui amadurecendo e ficando mais exigente. Enredo, estrutura, idéia entre outras coisas faziam eu achar um texto bom ou ruim.

Lia muitos contos de fantasia, carochinha mesmo, quando moleque. Foi a base, e continuo até hoje lendo textos do tipo. Agora num leio mais contos simples como os dos Irmaos Grimm, Andersen Hans Christian, Perrault, entre outros mestres dos contos de fadas. Leio contos de fadas no estilo de História Sem fim de Michel ende, Crônicas de Nárnia de C . S. Lewis, Senhor dos Anéis de Tolkien, Harry Potter de J. K. Rowling. Conheci a literatura clássica, leitura muitas vezes monótona, mas com bastante qualidade. Julio Verne me impressionou quando tive a oportunidade de ler um livro dele em texto integral, As 20 Mil Léguas Submarinas, depois desse, li vários outros, Miguel Strogoff, Da terra á Lua, Ao redor da Lua, A volta ao mundo em 80 dias, A ilha Misteriosa e muitos outros que nem me recordo o nome mais. Ele me influenciou muito, moleque ainda me aventurava a escrever histórias de aventura pelo mundo afora em meu caderninho de brochura. Conheci Alan Poe, filho da mãe, me deixou uma impressão muito forte em seus contos de mistério, Por causa dele comecei a estudar sobre paranormalidade para escrever contos sobre o tema. Veio Rubem Fonseca, Puta merda! Esse cara é foda, me deixou atônito com o seu jeito direto de escrever sobre violência. Pronto! Me tornei um escritor amador multi estilos, há muitas outras influências de outros ramos da literatura, como a ficção científica nos contos de Isaac Asimov, ou nos livros da Mega série Alemã Perry Rhodan, e tantas outras influências q ficarão claras nos textos postados aqui.

No blog vou satisfazer leitores de todos os gostos. Vou postar Contos de fantasia, contos de Ficção científica, Contos sobrenaturais( que poderia ser de fantasia também), contos que retratam a violência social, Contos de aventura.
Saboreiem cada texto, critiquem mesmo, seja a crítica boa ou ruim, de qualquer forma será construtiva. Se eu errar na ortografia, gramática, me corrijam, não sou perfeito e estou sujeito a erros.

E é isso, um abraço pessoal, em breve estarei postando o primeiro texto.