-Vamos embora "véi"- Fagner impacientemente apressava seu amigo, que estava de frente ao espelho ajeitantado os cabelos. - Parece mulher pra se arrumar, nunca vi viu!
- Larga de indaga, ué! Tou terminando já - Elias não parecia estar com a mesma pressa que Fagner, por que ele penteava os cabelos, desarrumava em seguida para pentear novamente, mexia aqui e acolá, procurando dar aos cabelos arrepiados de gel a forma que lhe convinha, há vinte minutos que ele se dedicava à essa tarefa.
- Já tamo atrasado " véi"- Insistiu Fagner sem disfarçar a irritação. - As meninas já devem ta lá esperando a gente, a Paulinha vai ta lá seu broco!
- Larga de indaga, ué! Tou terminando já - Elias não parecia estar com a mesma pressa que Fagner, por que ele penteava os cabelos, desarrumava em seguida para pentear novamente, mexia aqui e acolá, procurando dar aos cabelos arrepiados de gel a forma que lhe convinha, há vinte minutos que ele se dedicava à essa tarefa.
- Já tamo atrasado " véi"- Insistiu Fagner sem disfarçar a irritação. - As meninas já devem ta lá esperando a gente, a Paulinha vai ta lá seu broco!
- Quem liga! Deixem elas esperarem - Elias respondeu com indiferença ao alerta do amigo. - E se elas acharem ruim a gente arruma outras.
Fagner e Elias, Carne e unha, Água e óleo. São a representação humana mais perfeita que há do Yin-Yang. São inseparáveis, raros foram os dias que não se viram desde que se conheceram anos atrás. Fagner Tem 19 anos, é alto, magro, pele morena, cabelos longos, semblante agradável, muito calmo, um rapaz responsável e frequentador assíduo de uma igreja evangélica. Elias tem 20 anos, pouco mais baixo que Fagner, magro, pele clara, rosto bem desenhado e com um imutável ar de safadeza, agitado, irresponsável, frequentador assíduo de bares e cabarés. Fagner tenta fazer Elias andar linha, seguindo os preceitos de Cristo, Elias tenta Fazer Fagner curtir as coisas boas da vida, deixar de ser careta. O pensador mais privilegiado da natureza não conseguiria entender o porquê que seres tão distintos são tão amigos.
-Eu não quero outra, quero minha namorada! - A indignação dominava o peito de Fagner.
-Nossa! Você nem Beijou essa menina ainda, isso em dois meses de namoro. Sem contar o tempo que passaram rezando para saber se iam namorar ou não, logo, segundo a premissa de que uma relação só está de pé mesmo após umas duas ou três fodas, talvez quatro, você não estaria cometendo adultério e com isso não estaria pecando.
- Quem foi que criou tremenda merda de premissa? Você? Não vamos começar com isso, de jeito nenhum, sei que isso vai longe. Termina logo esse cabelo aí.
- Onde já se viu, casar virgem. Aposto minha coleção da PlayBoy que na primeira gozada sua mulher engrávida de quintúplos!
- Não fala mais besteira, meu ouvido não é penico.
- Puta merda! Você é meu amigo, não posso me calar diante de tamanha tortura. Eu sou um livro aberto Fá, quero que seja comigo do mesmo jeito, me fale, por favor, não me esconda isso, você nunca, mas nunca mesmo descabelou o palhaço? Uma vez só que seja?
- Não, não, não, não, não! Escuto mais nada. Tchau, Fui!
Elias se deleitava com a difícil tarefa de fazer Fagner sair do sério, rindo para o espelho ele continua sua produção estética. Não se abala com a saída do amigo, pois sabe que ele estará esperando por ele na porta do lado de fora. Com uma cara que popularmente é conhecida como " cara de bunda", Fagner murmura:
- Vamos.
Elias nada Responde, rir-se por dentro para poupar o amigo de mais palhaçadas suas. A festa a que vão, é a comemoração do aniversário da cidade, realizada em um espaço aberto no centro histórico. cantores locais irão se apresentar no palco, após o término das apresentações das bandas locais uma banda de renome nacional findará a festa. O local já está apinhado de pessoas, o que deixa Fagner irado, pois não será fácil encontrar sua namorada, e a infeliz amiga que fica vez ou outra com Elias no meio de tanta gente.
- Olha aí a merda que você fez, não vamos achar elas aqui no meio disso tudo nunca!
- Calma aí amigo - Com bastante calma Elias olha ao redor e prossegue. - Sua mina ta com a Paulinha não é?
- É sim.
- Então relaxe e observe, você terá o privilégio de conhecer mais um dos meus inúmeros talentos.
- Nossa! já vem mais merda aí.
- Acredite em mim Fá, posso sentir o cheiro de uma cachorra humana no cio a quilômetros de distância - Ao mesmo tempo que revelava a admirável habilidade Elias a põe em prática, começa a farejar o ar como um verdadeiro cão á procura de uma fêmea que esteja predisposta à ajudá-lo na perpetuação de sua espécie. - Estou sentindo no ar algo que me deixa muito confuso Fá, Tem várias cachorras no cio por aqui, vai ser difícil viu.
- Ou " véi", para, na boa, não aguento mais isso.
- Espera aí, prometo que não vou decepcioná-lo, estou sentindo algo diferente, esse cheiro de cachorra eu já senti! - Elias da seguimento á sua árdua busca pela cachorra no cio, segura no braço de Fagner e o puxa para uma direção qualquer. - Me segue, anda, me segue.
Elias vai levando Fagner por entre as pessoas, ainda farejando entra em um beco que os levava para outro beco que cortava transversalmente o beco que entraram inicialmente, chegam a uma praça, entram em uma movimentada rua que os leva de volta ao local de onde haviam saído minutos antes. Elias para abruptamente, faz um sinal com um dos braços e brada:
- Ali! ali está a cachorra.
A poucos metros deles estavam duas garotas que os observavam ansiosas. as duas eram bem parecidas, poderiam até ser irmãs. Tinham a pele clara, rostos e corpos bonitos, muito pouco as diferenciavam, uns traços quaisquer no rosto e os cabelos de uma delas que eram longos demais, que passava alguns centímentos da bunda. Elias é acometido de um ar sério que em ponto algum se adaptava bem a ele, avança na direção das duas garotas, Fagner o segue vindo logo atrás. O invejável farejador de cachorras começa novamente a farejar, agora com nariz bem próximo de uma das garotas, justamente a de cabelos longos.
- Ei! - Gritou Fagner. - O que você ta fazendo, ficou doido?
- Calma, tava só verificando se não cometi algum erro de cálculo - Explicou sarcasticamente Elias.
Após os cumprimentos formais, ois, boas noite, beijinhos no rosto paira um silêncio anormal entre os quatro, Claro, Elias é o primeiro a cortar o silêncio:
-Ei Paulinha, Vamos deixar os dois sozinhos, talvez sozinhos eles tenham coragem de experimentar que gosto a língua que cada um deles tem!
- É verdade, é verdade, vamos - Paulinha corroborou a idéia de Elias dando uma cutuvelada leve nas costelas da namorada do Fagner. - Laine, fica por aqui, se não a gente se perde de vocês.
- Ei Elias...
- Não, não fala nada Fá - Elias cortou-o tapando-lhe a boca e lhe segredando algo em seu ouvido. - Olha irmão, aproveita, mete a língua, se você não sabe beijar de língua me fala logo que a gente vai ali e eu te ensino, não vai ficar com raiva, é que vindo de você eu não dúvido de nada.
- Argh! ta doido, vai logo embora " véi".
Sem falarem mais palavras Paulinha e Elias saem, caminham por entre os prédios do centro histórico, procuravam por um lugar aonde pudessem ficar mais à vontade. tarefa complicada essa em dia de festa. Mas não para Elias que conhecia cada ruela daquela cidade.
- Aonde eu for você vai?
- Vou.
- Vamos descer pro rio, lá é bom.
- Pro rio? por que pro rio?
- Você não disse que ia aonde eu fosse? então vem sem reclamar, ué!
- Eu disse, só quero saber por que lá.
- Por que lá é bom, ninguém vai lá uma hora dessas, e é aqui pertinho da festa, qualquer coisa a gente volta.
- Ta bom, você trouxe camisinha?
- Não me faça perguntas idiotas!
- Você ta muito grosseiro, não era assim quando me conheceu.
- Desculpa, só que não gosto de ouvir perguntas idiotas. Eu trouxe sim, essa é boa, tem gel retardante nela.
- Eu não conheço essas coisas.
- Não precisa da uma de santa pra cima de mim Paulinha.
Seguiram nessa animada conversa enquanto Elias guiava o caminho. Adentraram um pequeno bairro ribeirinho, com algumas poucas casas á beira do rio, para a decepção de Elias lá estava cheio de homens e algumas mulheres fumando maconha. Voltaram pelo mesmo caminho, logo depois do bairro ribeirinho se formava uma pequena formação florestal, um mini-bosque. Elias segurou mais forte na mão da Paulinha e foram mato adentro.
- Eu não acredito que eu me rebaixo a tanto por um pra nada como você.
- Se quiser ir embora você já sabe o caminho.
- Desculpa, te ofendi amor?
- Você fala demais.
Elias a enlaçou pela cintura e lhe deu um voluptuoso beijo, Paulinha não vacilou em corresponder. O beijo era quente, a pegada era quente, mãos subiam, desciam, pescoços eram marcados por prazerosos chupões. Elias percorria cada trilha daquele corpo, lhe tirou a camisa para sentir-lhe o calor, o Sutien atrapalhava, retirou-o também, com muito prazer começou a beijar-lhes os seios, o que fazia Paulinha suspirar em inefável prazer. Paulinha não se fez de rogada e lhe tirou a camisa também, queria retribuir em dodro cada unidade de prazer que sentia. Ele achou os botões e zíper da calça dela, desabotoou, desceu o zíper, ela ajudou a descer o jeans até os joelhos. As mãos dela encontram seu membro rijo encarcerado na cueca, a pedir por mais carícias, ela se ajoelha, desabotoa a calça, desce o zíper do jeans deles, e com muito gosto abocanha-lhe.
- Nossa! por isso que eu te amo paulinha - Elias falou enquanto seu corpo vez ou outra se contraia pelo prazer que sentia.
- Cala essa boca - Paulinha pediu tirando temporariamente o Pênis da boca, e sugando em seguida após dizer o que precisava.
- Vai, vai, assim amor!
- Já disse pra calar a boca, senão eu paro e não faço mais nada.
- Ta bom, parei, vai continua, tou quase lá.
Paulinha prossegue na prática do sexo oral que parecia lhe dar igual prazer ao que Elias sentia. Os espamos foram ficando mais fortes, Elias segurava a cabeça de paulinha enquanto ajudava-a a executar o movimento cíclico de vai-e-vem. No ápice do prazer ele descarrega todo o seu conteúdo que gera a vida na garganta de Paulinha, que parece não se importar e prossegue a sugar-lhe.
- Ai! Senti um fisgadinha - ele exclama enquanto rir sem saber de que.
Paulinha engasga e começa a cuspir com força para todo o lado, não foi por ele ter gozado em sua boca, ela teria feito isso alguns segundos antes.
- É sangue, isso é sangue! - Gritou paulinha limpando a boca e mostrando a mão suja na direção da luz da lua.
- Meu Deus! sangue! o que você fez sua puta?! - Elias entrou em um tal estado de desespero que deixaria qualquer um chocado.
- Eu não fiz nada, por favor eu não fiz nada! - Choramingou Paulinha igualmente desesperada.
Elias corre por dentro da mata à procura da rua, na luz do poste ele pode ver sua cueca ensopada de sangue, horrorizado ele grita por socorro e corre em direção á festa segurando as calças. Paulinha está em seu encalço, parando a uma certa distância do movimento da festa ele se da conta de sua ridícula situação, entrar ali acabaria com a sua reputação, teria que ir embora da cidade, do estado, do país, talvez tivesse que ir pra Marte.
- Corre paulinha, chama o Fá, corre!
Paulinha não hesita, corre à toda e encontra Fagner e Laine exatamente aonde os deixaram, provavelmente trocaram alguns beijinhos nos rosto. Permuta menos nociva que á que Elias e Paulinha fizeram. Ela não explica o que houve de fato, só diz que houve um acidente e que Elias quer ve-lo agora. Fagner encontra Elias que chorando explica o que houve em poucas palavras:
- Fá, reza por mim, aquela puta me mutilou para sempre.
- O que ela fez?
- Olha minha cueca - mostrou abaixando as calças.
- Laine, Paulinha, procurem por um Táxi agora! Eu vou ficar com ele aqui até o Táxi chegar - Fagner ordenou com firmeza enquanto abraçava seu amigo que chorava profusamente. - Calma amigo, calma, vamos pro hospital já, já.
O Táxi não demorou a chegar, as duas meninas já estavam acomodadas, visivelmente assustadas e constrangidas. O carro arrancou, diante de tal emergência a policia entenderia o excesso de velocidade. Elias choramingava, Fagner estava calado, as duas meninas cochichavam entre si, o taxista não se aguentava de rir ao saber da natureza da emergência.
O Hospital regional estava lotado, no corredor da emergência muitas pessoas estavam sentadas em macas, no bancos, tomando soro ou só dormindo. O dia era de festa na cidade, tamanho movimento era natural. O Táxi parou diante da porta de entrada da emergência, duas enfermeiras vieram correndo e perguntaram qual era a emergência. Elias, com cara muito triste aponta para baixo.
- É aqui.
- Aqui aonde?
Elias deixa as calças cairem, as enfermeiras vêm a cueca ensopada de sangue, chama-o para acompanha-las. Levam-o à uma sala de sutura. As pessoas no corredor o olham curiosas por saber que emergência seria a dele. Na sala de sutura as duas enfermeiras pedem para ele sentar-se, que o médico já viria. O que se passou em seguida foi com certeza a experiência mais traumática que uma pessoa poderia passar. O médico analisa a situação, chama duas enfermeiras e pedem para elas abaixarem a cueca dele, Uma seringa de anestesia é preenchida com um olhar penalizado do Médico para o ferido, como quem diz: " Isso vai doer meu filho, vai doer muito". A agulha é enfiada exatamente na parte superior da glande, a dor que ele sentia vinha alternada, ela crescia após passar por cada camada do musculo esponjoso. os gritos de dor de Elias se misturaram às gargalhadas que ecoaram pelo corredor de Emergência, em pouco tempo o incidente particular de Elias era do conhecimento de todos funcionários e pacientes do grande Hospital regional. Foi uma suturação muito complicada, o paciente não ajudava, se contraia com frequência ao ver o médico levantando à agulha curva aonde estava a linha de sutura. Terminado todo o processo, as enfermeiras limparam os restante de sangue que sobrou sobre a virilha, que não era preciso ser limpo para a sutura, nesse momento devaneios perversos pairaram sobre a mente de Elias, ele se imaginou comendo aquelas duas enfermeiras que com tanto apreço cuidavam de seu Pênis. A saída foi mais penosa que a entrada, todos o olhavam e riam, riam muito e com gosto.
" O que eu posso fazer se ela fez com violência, ué!" Pensou consigo mesmo ao sair sem olhar para ninguém, o que ele mais queria era ir pra bem longe dali.